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O Complexo de Édipo constitui, desde os passos inaugurais de Freud, uma importante plataforma para se localizar o drama e a tragédia que caracterizam as trilhas do ser humano. Longe de nos apresentar um enredo estereotipado e pré-estabelecido, o Édipo nos mostra como que o caminhar humano, em suas relações com a realidade, a alteridade, o corpo e o desejo é sempre claudicant, atravessado por dizeres que lhe antecedem e repleto de esfinges a serem minimamente elucidadas. A partir de Lacan, podemos enfatizar uma leitura do Édipo como sempre comportando uma estrutura onde o vivente se depara com o ineliminável enigma do desejo do Outro que lhe antecede e seu lugar diante disto que, para se constituir como sujeito, há de inicialmente se alienar para, posteriormente, se separar.