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A noção de pai no contexto psicanalítico recebe uma conotação bem particular, já que não se reduz à ideia de um genitor, tampouco a de um mantenedor econômico de sua prole. Se trata menos de um pai encarnado do que de uma entidade essencialmente simbólica. Sua presença deve registrar um lugar de alteridade, uma lei que separa o corpo da criança do corpo da mãe. Por isso, dizemos que o pai é aquele que ocupa um lugar terceiro, cuja intervenção promove a separação, o limite do gozo absoluto, a renúncia necessária para que a criança tenha acesso ao mundo da linguagem, da cultura e da vida em sociedade.