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Freud nos apresenta as bases do que vem a ser tido, por Lacan, como umas três dimensões constitutivas da subjetividade (Real, Simbólico e Imaginário) a partir de suas formulações sobre o narcisismo. Para Freud, o narcisismo não é exatamente uma característica ou um predicado que poderiam ser atribuídos a uma ou outra pessoa, mas uma plataforma constitutiva da identidade e da possibilidade de nos vermos, por um lado, como separados e, por outro, em convivência com um semelhante (um outro ego). A partir destas formulações, Lacan vai estabelecer o Imaginário como o espaço subjetivo onde nos encontramos (e nos identificamos) com as imagens, onde também nos apresentamos por meio de imagens uns aos outros, nos encontramos e nos estranhamos mutuamente.